02. SUA PEQUENA FÊNIX
CAPÍTULO DOIS
❛ sua pequena fênix ❜
TODOS FICARAM SURPRESOS que Dumbledore sabia quem era a garota e sua reação ao vê-la. Era como se ele estivesse dolorido ao vê-la. Dumbledore levantou sua varinha para a garota, sua mão tremendo. — Rennervate.
Uma luz vermelha atingiu a garota, e seus olhos se abriram para revelar orbes azuis claros cheios de exaustão, e Deanna olhou ao redor em confusão antes que seus olhos finalmente pousassem em Dumbledore. Olhos azuis encontraram olhos azuis, e os olhos de Deanna se encheram de lágrimas enquanto as lágrimas que se acumulavam nos olhos de Dumbledore começaram a cair por seu rosto.
Olhando para baixo, Dumbledore enxugou as lágrimas com as costas da mão e balançou a cabeça. — Não, não pode ser... V-você está morta, você está morta há 50 anos...
— Sou eu, Pops. — Deanna resmungou. — Sou eu Deanna.
Dumbledore levantou a cabeça e viu um pequeno sorriso no rosto dela. Deanna suspirou e tossiu, sentindo toda a dor que vinha segurando nas últimas semanas. — V-você não acredita em mim, Pops? M-mesmo quando eu digo que você ainda não me levou para um passeio em Fawkes? O-Ou que eu realmente amo meias roxas com biscoitos e leite?
Foi quando Dumbledore soube. Era realmente sua garotinha, e ele imediatamente a puxou para um abraço apertado, sem intenção de soltá-la. — É você mesmo, Deanna. — Dumbledore soluçou. — E-eu pensei que tinha perdido você.
— Eu não vou a lugar nenhum, Pops. — sussurrou Deanna, sua cabeça girando e sua visão turva. — Não mais.
Com essas palavras, ela caiu mole nos braços de Dumbledore. Os olhos de Dumbledore se arregalaram e ele começou a bater levemente na bochecha de Deanna. — Deanna, minha pequena fênix? Deanna! Fique comigo.
Molly tentou puxar Dumbledore de volta, mas ele ficou onde estava, abraçando Deanna com força enquanto chorava de todo coração. — Deixe-nos cuidar dela, Albus. — Molly disse gentilmente. — Temos que curar os ferimentos dela.
Isso pareceu trazer Dumbledore de volta à realidade, e ele assentiu trêmulo antes de soltar Deanna e se mover para o lado de Molly. Ele enxugou as lágrimas e apontou a varinha para os hematomas e cortes de Deanna.
— Vulnera Sanentur. — disse Dumbledore com uma voz de canção. Tonks ajoelhou-se ao lado dele e começou a fazer o mesmo.
Enquanto ele fazia isso, Molly se virou para Remus. — Remus, precisamos de um pouco de Dittany. Tem um pouco lá na Toca.
— Certo. — Remus disse e rapidamente saiu da sala. Molly se virou e começou a ajudar Dumbledore e Tonks.
— O que podemos fazer, Molly? — Sirius pergunta. Molly e Tonks soltaram suspiros, e o lábio de Dumbledore começou a tremer novamente. Eles tinham acabado de tirar a blusa de Deanna e viram vergões roxos horríveis espalhados pelo corpo dela.
Molly sussurrou para Arthur. — Acho que todos vocês deveriam sair um pouco. — Arthur assentiu antes de conduzir todos para fora, e Remus entrou correndo com o Dittany na mão.
— Obrigada, Remus. — disse Molly enquanto começava a derramar a essência nos cortes abertos ao redor do corpo de Deanna.
— Deixe-me ajudar. — disse Remus, e ele também começou a curar os incontáveis cortes no corpo dela. Todos se concentraram em ajudar Deanna, nenhum falando com o outro, os únicos sons quebrando o silêncio eram os encantamentos semelhantes a canções de suas bocas.
Quando os hematomas e cortes desapareceram de seu corpo, Molly a examinou novamente. — Ela está bem por enquanto. Ela ainda está com febre, então vai precisar de uma poção redutora de febre. Tonks, você pode pegar uma? — Tonks assentiu e saiu com Remus seguindo atrás dela. — Acho que ela está exausta, então é melhor deixá-la descansar por enquanto.
Dumbledore assentiu e sorriu para ela. — Obrigado, Molly. Eu não podia perder minha garotinha. De novo, não. — ele se virou para Deanna, pegou sua mão e a beijou.
— Quem é ela, Albus? — uma voz áspera pergunta da porta.
Dumbledore se virou e viu que Tonks, Remus, Sirius, Alastor e Arthur tinham entrado mais uma vez, e Tonks deu a poção para Molly. — Aqui está, Molly. Kingsley foi chamado por Fudge, então ele teve que sair.
— Obrigada, Tonks. — disse Molly antes de abrir um pouco a boca de Deanna e despejar algumas gotas. — E isso vai ficar bem. Vamos deixá-la descansar por enquanto. Vamos, Albus.
Com um último beijo na mão de Deanna, Dumbledore se levantou e foi até a mesa de jantar, sentando-se com todos eles.
— Quem é ela, Dumbledore? — Sirius fez a pergunta que todos estavam se perguntando.
— Ela é minha filha, Sirius. Ela é Deanna Ariana Dumbledore, que se pensava estar morta... Até agora.
Todos se entreolharam com os olhos arregalados.
— M-morta? — Remus repetiu com descrença. — Mas o que aconteceu?
— Eu não sei, Remus. — disse Dumbledore em um tom triste. — Só Deanna sabe, e teremos que esperar por respostas.
Houve silêncio, todos refletindo sobre suas palavras. Tonks começou a falar. — Professor, como...
— Como ela surgiu, Tonks? — disse Dumbledore com um toque de reminiscência em seu tom. — Foi apenas uma noite com uma amiga minha e depois de nove meses de brigas e fazer as pazes, Deanna nasceu. E eu estava feliz. Nunca me arrependi daquela noite.
O silêncio dessa vez foi devido à surpresa. Eles nunca souberam que o Diretor tinha histórias como essa por baixo de toda a glória e poder que ele tinha. Ele sempre foi tão forte que nenhum deles pensou que ele estava segurando a dor assim como o resto deles.
— Dumbledore, onde está aquela sua amiga? A mãe da Deanna? — Arthur perguntou.
Dumbledore suspirou pesadamente. — Ela morreu. Ela foi morta por Grindelwald quando Deanna era um bebê.
— Quando ela nasceu, Albus? — Moody perguntou, seu olho mágico fixo na garota adormecida.
— 11 de novembro... 1928.
— O QUÊ? — todos perguntaram simultaneamente e encararam Deanna. Como uma garota nascida em 1928 ainda podia ser tão jovem? Ela parecia ter apenas 15 anos.
— É por isso que precisamos esperar Deanna acordar. — disse Dumbledore calmamente. — Só ela pode responder às perguntas que eu mesmo não sei responder.
— Tem certeza de que é ela, Dumbledore? — Arthur perguntou.
Dumbledore assentiu para ele. — É ela, Arthur, você a ouviu há um tempo. Essas eram coisas que só Deanna e eu sabíamos. Eu ainda não a levei para um passeio em Fawkes, e ela realmente ama essas meias. — Dumbledore riu levemente das memórias. — Ela é minha garotinha, e eu não vou deixá-la ir de novo.
Os membros da Ordem olharam para seu líder, que se levantou e se ajoelhou ao lado da forma adormecida de sua filha, acariciando seus cabelos, com emoção em seus olhos. Era a primeira vez que o viam fora de compostura e ele parecia que a dor poderia tê-lo matado. Ainda era irreal para eles. Albus Dumbledore tinha uma filha.
— Acho que você deveria ir descansar, Albus. — disse Molly, colocando uma mão em seu ombro.
Dumbledore balançou a cabeça. — Eu vou ficar aqui, Molly, minha pequena fênix precisa de mim, e eu não vou deixá-la ir, não de novo.
Sirius suspirou e sentou-se ao lado dele. — Nós ficaremos aqui, Dumbledore. Ela estará segura aqui, e nós ligaremos para você imediatamente.
Dumbledore levantou os olhos do corpo de Deanna e olhou para todos eles. Seus olhos diziam uma coisa. "Confiem em nós assim como sempre confiamos em você." E Dumbledore beijou Deanna na testa. — Eu voltarei, minha pequena fênix. — ele se levantou e olhou para eles com súplica nos olhos. — Por favor, cuidem dela.
E todos eles assentiram, sabendo que Deanna era importante para Dumbledore e, portanto, era importante para eles também. Eles cuidariam da garota com tudo o que eram.
— Obrigado. — Dumbledore sorriu para eles antes de aparatar para fora do Largo Grimmauld, 12, e os membros da Ordem foram deixados na sala, encarando uns aos outros. Suas perguntas teriam que esperar. Eles tinham um trabalho por enquanto, e esse era proteger Deanna Dumbledore.
•─────⋅☾ ☽⋅─────•
Fred deu um puxão na Orelha Extensível enquanto todos tiravam os plugues dos ouvidos. Eles estavam ouvindo do quarto de Harry e Rony do segundo andar, e ouviram cada palavra, os adultos estavam distraídos demais para verificar se havia uma Orelha Extensível embaixo da porta ou não.
— Então ela não é uma espiã. — disse Ginny, lançando olhares furiosos para Fred e George.
— Bem, Ginevra, você não pode nos culpar. — disse Fred.
— Estávamos apenas sendo cautelosos, como Olho-Tonto, vigilância constante e tudo mais. — disse George.
— Mas isso não explica por que ela estava machucada. — disse Harry. — Você a viu. Ela tinha cortes e hematomas por todo o corpo.
— Pelo menos sabemos quem ela é. — disse Ron. — Quem sabia que Dumbledore tinha uma filha? E você acredita? Ela nasceu em 1928. Ela deve ter sessenta e poucos anos ou o que agora.
— Sessenta e sete. — disse Hermione. — E ela parecia ter acabado de fazer 15 anos.
— E ela é bonita. — disse George. — O quê? — ele perguntou quando todos se viraram para olhar para ele. — Estou apenas afirmando fatos.
— Não posso negar isso, Georgie. — disse Fred. — Bem, é melhor irmos, as Skiving Snackboxes não vão se fazer sozinhas, e a mamãe vai nos contar sobre ela de qualquer jeito.
— Até mais. — com um alto CRACK!, os gêmeos desaparataram para fora do quarto.
— Bem, eu também vou dormir, — disse Ginny, soltando um bocejo. — Boa noite.
— Boa noite. — os três responderam em coro e quando Ginny saiu da sala, eles se juntaram e começaram a conversar.
— E se Voldemort estiver atrás dela? — Harry perguntou, e os dois estremeceram novamente antes de refletirem sobre suas palavras.
Hermione começou a pensar. — Porque ela é filha de Dumbledore?
— Talvez ela tenha algum poder especial. — disse Ron, e os três trocaram olhares. Era possível. Dumbledore era poderoso, e não era surpresa se Deanna também fosse poderosa.
— Por que ninguém a conhece? Por que a identidade dela foi mantida escondida? — disse Hermione, andando de um lado para o outro. Estava incomodando-a o fato de Deanna Dumbledore não estar em nenhum livro que ela tivesse encontrado, nem em Hogwarts, Uma História ou qualquer outro artigo sobre Dumbledore. — E por que Dumbledore achou que ela estava morta?
— Talvez ela tenha voltado dos mortos. — sugeriu Ron.
— Isso não pode ser, Ron. — murmurou Hermione. — Ninguém pode voltar dos mortos.
Houve silêncio entre o trio antes de Hermione se levantar e suspirar. — Bem, eu vou para a cama, e sugiro que vocês dois façam o mesmo. Harry teve um longo dia com sua audição, e você precisa de todo o descanso que puder. Boa noite.
— Boa noite. — Harry e Ron murmuraram de volta. Quando Hermione saiu, os dois se deram boa noite, se aconchegando para a noite, mas nenhum do Trio Dourado estava dormindo. Os pensamentos de Deanna Dumbledore atormentavam suas mentes. Toda vez que tentavam responder a uma pergunta, eles se pegavam fazendo ainda mais perguntas, e sabiam que nenhuma dessas perguntas seriam respondidas ainda porque o único que poderia respondê-las ainda estava em um sono tranquilo.
•─────⋅☾ ☽⋅─────•
Três dias se passaram, mas Deanna ainda estava dormindo. Harry, Ron, Hermione e Ginny se ofereceram para cuidar dela durante os momentos em que a Ordem tinha suas reuniões. Dumbledore também vinha visitá-la todos os dias. Ele geralmente ficava por uma hora. Ele queria ficar mais tempo, mas tinha seus deveres como Diretor. Ele tinha que ter cuidado, especialmente porque o Ministério estava observando cada movimento seu.
Fred e George queriam ajudar a cuidar de Deanna, mas Molly imediatamente rejeitou a sugestão, não confiando neles para cuidar da garota. Os outros que estavam cuidando de Deanna eram Molly, Arthur, Sirius, Remus, Tonks, Kingsley e Moody, mas devido aos seus próprios deveres para a Ordem, a tarefa de cuidar de Deanna foi delegada principalmente a Harry, Ron, Hermione e Ginny.
Hermione andou até o quarto de Deanna e bateu na porta antes de abri-la. — Ei, Ron. É a minha vez.
Ron bocejou e sorriu para ela agradecido. — Obrigado, Hermione.
A porta se fechou e Hermione sentou-se ao lado de Deanna. Ela observou a garota adormecida com curiosidade. George estava certo. Ela era linda. Seu peito subia e descia levemente, e havia uma expressão serena em seu rosto. Seus longos cachos castanhos caramelo emolduravam seu rosto, caindo em cascata sobre seu peito. Ela viu que os hematomas e cortes que cobriam seu corpo tinham sumido, mostrando a pele branca leitosa por baixo.
As perguntas de Hermione sobre a garota aumentaram mais e mais enquanto ela a encarava. Ela sentiu uma sede inexplicável em si mesma para descobrir tudo o que pudesse sobre o quebra-cabeça que era Deanna Dumbledore.
Um gemido tirou Hermione de seus pensamentos. Deanna farfalhou e abriu os olhos. Ela se sentou rapidamente e olhou ao redor. Onde ela estava? Onde estava seu pai? Ela estava prestes a se levantar quando alguém a empurrou para baixo.
— Por favor, acalme-se. — Hermione disse gentilmente para a garota em pânico, escondendo seu choque ao ver o quão parecidos os olhos azuis eram com os de Dumbledore.
— O-Onde está o P-Pops? Onde ele está? — Deanna disse, olhando para Hermione com os olhos arregalados.
— Harry! — Hermione gritou antes de se virar para a aflita Deanna. — Nós chamaremos ele, tudo bem? Apenas respire fundo.
Deanna assentiu e respirou fundo e exalou lentamente, seguindo a respiração de Hermione. Ela se sentiu se acalmar quando a porta se abriu de repente. Um garoto de cabelos negros com olhos verdes e óculos estava olhando para ela com olhos arregalados.
— Vou contar à Sra. Weasley. — disse Harry antes de sair correndo da sala.
— O-onde estou? — Deanna pergunta quando a porta se fechou.
— Você está no Largo Grimmauld, 12, a Sede da Ordem da Fênix.
— A Ordem da Fênix?
— Sim, era uma organização que seu pai organizou contra Você-Sabe-Quem durante a Primeira Guerra Bruxa.
Quando Hermione viu que Deanna parecia confusa sobre tudo, ela percebeu que Deanna não entendia nada do que ela estava dizendo. — Você não sabe quem é Você-Sabe-Quem?
Deanna balançou a cabeça e olhou para baixo tristemente. Hermione se sentiu mal por ela, embora não soubesse o porquê. — Bem, tenho certeza de que quando o Professor Dumbledore vier, ele explicará tudo.
— Obrigada, er... Qual é seu nome? — Deanna perguntou curiosamente.
— Eu sou Hermione Granger. — disse Hermione, estendendo a mão.
— Deanna. Deanna Dumbledore. — Deanna disse, sorrindo levemente e apertando a mão de Hermione. As duas garotas sorriram uma para a outra, sem se soltarem, quando a porta se abriu mais uma vez, e dessa vez, foi Dumbledore quem entrou correndo.
— Deanna.
— Pops.
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